
Em coletiva de imprensa, a equipe de investigação responsável pelo inquérito do assassinato de Vitória Regina negou que a jovem tenha sido vítima de tortura, informação ventilada por laudos preliminares e, também, por um delegado da Polícia Civil.
A princípio, foi divulgado pelo delegado Aldo Galiano Junior que o corpo de Vitória estava decapitado, com a cabeça raspada e sinais de tortura. As informações estão descartadas, bem como a possibilidade de a moça ter sido mantida em um cativeiro ou na casa de Maicol Antonio Sales dos Santos, que confessou ter agido sozinho no assassinato.
Segundo os delegados Luiz Carlos do Carmo, diretor do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), e Fabio Cenachi, a jovem foi morta no momento em que foi abordada por Maicol.

“A gente entende que ele matou ela no veículo, onde havia manchas de sangue. Encontramos no porta-malas. Ele acaba desferindo as facadas, então a vítima vem a falecer em razão da hemorragia traumática”, afirma Luiz Carlos em depoimento publicado pelo portal Metrópoles.
A confusão com relação ao cabelo raspado pode ter acontecido em decorrência do processo de decomposição. “Pode ter havido o despregamento do couro cabeludo pela instalação da fase de liquefação. Não há elementos que denunciem nesse sentido. Nem os médicos legistas acreditam que tenha sido raspado”, explicou Fábio.
Vitória foi morta com três facadas. De acordo com o laudo da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), o corpo trazia cortes por faca no tórax, no pescoço e no rosto.

Em seu depoimento de confissão, cujos trechos foram divulgados pelo “Jornal Nacional”, Maicol afirma que teve um caso com Vitória um ano e meio atrás e a jovem teria ameaçado contar à mulher dele. Vale destacar que, até o momento, a polícia afirma que não há provas de que os dois tenham tido um relacionamento.
Maicol relata que esperou Vitória no ponto de ônibus - a jovem retornava do trabalho no momento do crime, mas os dois só se encontraram quando ela já estava a pé em direção à sua casa. Ele afirma que a adolescente concordou em entrar no carro dele para que eles conversassem.
Segundo Maicol, ele pediu que Vitória não contasse do caso para a mulher e, nesse momento, a vítima teria tentado agredi-lo. O autor do crime diz que “que se exaltou, pegou uma faca que levava no carro e que atacou Vitória”.